Nos últimos dias se comentou muito, entre os aficionados por entretenimento e streamings, sobre o mais novo anúncio da volta da HBO Max, marca do grupo Warner Bros. Discovery.
Sim, parece até piada que em pouquíssimo tempo depois da gigante de mídia ter investido esforços e fundos para promover sua marca Max no mercado de streamings, essa decisão tenha sido tomada para o retorno de um nome antes usado. Isso porque não estamos considerando que, nesse meio tempo, cores foram alteradas e nos sentimos num longo teste AB diante dos nossos olhos. A Warner por sua vez decidiu responder a tudo isso com muito bom-humor e entrou na onda dos memes, sendo inclusive a autora de alguns deles, mas mesmo com a estratégia do “rir de si mesmo”, convenhamos, há um problema visível com a marca.
A mensagem clara passada, tanto para os assinantes quanto para o mercado audiovisual, é que existe um sério problema de branding, uma vez que se tenta a cada momento remeter o streaming da Warner a alguma marca já forte e consolidada a fim de não culminar tanto esforço em um fracasso midiático e financeiro.
Mas afinal, quando é hora de se fazer um rebranding? E vamos para aquela famosa resposta, depende. Em termos gerais, profissionais que cuidam de marcas julgam que o melhor momento seria quando sua marca tem algo novo para mostrar e suas ações e elementos já não refletem mais o novo discurso. Um outro caso comum pode ser a mudança drástica de público, nesses dois casos podemos incluir a Jaguar, outra marca que foi alvo de julgamentos e reações negativas de todo o mundo.
Voltando para o caso da Max (ou HBO Max), percebeu-se a força que a marca HBO tem ao trazer novos assinantes altamente interessados em conteúdos como Succession, White Lotus, Hacks, Euphoria, Pinguim e o mais novo sucesso The Last of Us. A HBO é também lar de diversos títulos premiados da TV como Sex and the City, The Sopranos, Game of Thrones, Rome, Chernobyl e a recém descontinuada Westworld. Dá para notar que a Warner quer muito associar a imagem de seu streaming a uma marca extremamente bem-sucedida e de alta reputação, mas vale lembrar que a HBO Max não se resume apenas a HBO e que a mudança de nome no passado se deveu a aquisição das marcas Discovery que hoje fazem parte do catálogo.
No fim das contas, tudo isso pode ser encarado como um barulho publicitário que foi visto como uma brincadeira para seu público geral, mas ao mesmo tempo, apresentou certo desespero de uma grande marca com um branding instável e movido por constantes indecisões sobre como deve ser chamada por seus consumidores. O que mostra que até as mais experientes e renomadas marcas podem cometer falhas às vezes graves.
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